segunda-feira, 13 de maio de 2013

ALIENAÇÃO




“E quando os parentes de Jesus ouviram isto, saíram para o prender; porque diziam: Está fora de si” – Marcos, Cap.3 – v. 21

Porque, muitas vezes, deixa o homem de atender os interesses daqueles com os quais se aparenta pelos laços consanguíneos, é por eles considerado alienado.
Poucos, no Mundo são os que entendem quem toma a decisão de renunciar à existência humana convencional.
Os familiares de Jesus não hesitaram em considera-lo louco não se preocupava apenas com assuntos e necessidades que lhes fossem pertinentes.
É possível, pois, que, abraçando este ou aquele ideal que extrapole o âmbito dos interesses imediatos dos que supõem ter sobre nós a posse afetiva, sejamos rotulados de ingratos ou de fanáticos.
Não dispondo, na atualidade, do direito de interceptar-nos os passos na senda que escolhemos percorrer, na busca solitária que almejamos com comentários desabonadores, na tentativa de, moralmente, lançar-nos ao descrédito perante a opinião pública.
Todo aquele que, espiritualmente, tende a se emancipar do grupo de antigos companheiros habituados a viver na consagração do egoísmo, com inegável desperdício de tempo e oportunidade na encarnação, se deparará com inevitável resistência.
Não é de maneira passiva que a treva cede espaço à luz, nem sem oposição ferrenha que a matéria se submete ao espírito.
Não estranhemos, portanto, a pecha de perturbados com  que venhamos a ser rotulados justamente por aqueles dos quais nos seria lícito esperar palavras de incentivo e de encorajamento.
Não foi somente através de palavras que Jesus demonstrou que os que o rotulavam de louco estavam enganados, mas, principalmente, por suas atitudes de coerência na prática sistemática do bem.

Mensagem do livro Saúde Mental - À Luz do Evangelho de Carlos A. Baccelli, Inácio Ferreira

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